segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Alados seres, medonhos!

Medonhas, tremendas, esvoaçantes seres rastejantes, frequentadores do pestilento e do putrefacto e da minha pele, disseminadores de contágios e alergias. 
Raiva aos meus ouvidos, ódio ao alcance das minha mãos, catarse do meu ser homicida, praga do Egipto, maldição de todos os faraós.
Sois vós, moscas, a demonstração de haver Estio e com ele suor e comichão de pele irritada e aquela sede que vem como lábios gretados e corpos por banhar.
Moscas, moscardos, mosquitos, alados seres, noites de insónia e de pavor, tarde de algazarra de zumbidos, ódio, fúria de vomitado asco.

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