sábado, 16 de junho de 2012

Um intervalo no acaso

Seria porventura o dia chuvoso ou o inesperado calor. Ou a ausência de todos. No miudinho passo encontraria o domínio de si, a pose que não poderia desacompanhá-lo, a rigidez do estado. Ficaria mal correr, embaraçar-se-ia entrar num desvão de escada e esperar que o céu enegrecido lhe desse o intervalo entre aguaceiros. Além vinha vestido de branco, uma forma de a desproposito com a circunstância. Fora surpreendido pelo acaso da meteorologia e pela falta de um guarda-chuva. Depois disseram-me que tinha sido uma pneumonia a razão de não mais voltar. Naquele dia, porém, tinha-se aventurado até à rua, saturado já de si e ante o resto indiferente.